Feridas emocionais: veja quais comportamentos elas podem causar

Entenda o que pode estar por trás de feridas como humilhação, rejeição e injustiça!
Entenda mais sobre as feridas emocionais

Você já refletiu sobre o que pode estar por trás de nossos comportamentos disfuncionais? Para falar sobre isso, hoje revelarei quais são as principais feridas emocionais existentes e mostrar quais atitudes podem surgir através de cada uma delas.

Então, não perca tempo e leia o texto completo para ficar por dentro do assunto!

O que são feridas emocionais?

Primeiramente, precisamos começar refletindo sobre o que são as feridas emocionais.

Portanto, trata-se de traumas resultantes de experiências conflitantes não processadas, que acabam influenciando diretamente no bem-estar emocional de uma pessoa.

E é importante entender, que as interpretações e experiências dolorosas que se desenvolvem desde a vida intrauterina, até especialmente os 7 anos de idade, moldam as feridas emocionais de uma pessoa.

E para nós do método TEPM, olhar para esse contexto é indispensável, pois os sintomas são apenas o fio guia que nos levará até a raiz do problema. Ou seja, por trás de toda ferida emocional existe uma história que precisa ser revisitada.

Principais feridas emocionais e suas consequências

Entenda mais sobre as feridas emocionais
Crédito: banco de imagens do Canva

Depois de falar sobre o que são as feridas emocionais, quero falar sobre cada uma delas e o que causam na vida de uma pessoa.

Portanto, as principais são: abandono, rejeição, humilhação, traição e injustiça.

Veja agora quais as consequências delas:

Ferida emocional do abandono

Sem dúvidas, um dos maiores medos na infância é o medo da ausência dos pais, o medo do abandono. Para as crianças que realmente viveram experiências de negligência na infância, as marcas deixadas são ainda maiores e isso é comprovado cientificamente.

Desse modo, esse tipo de ferida gera um grande medo do abandono e da solidão, acarretando uma série de programas emocionais destrutivos no ser humano adulto. Com isso, a mente constrói estratégias na fase adulta, como por exemplo:

  • A mulher abandona para não sofrer o abandono;
  • Atrai pessoas e situações para abandoná-la e confirmar sua ferida;
  • Torna-se dependente emocional das pessoas;
  • Tem muitos comportamentos disfuncionais para se proteger.

Então, as mulheres que tiveram experiências de abandono na infância terão que aprender a ser a melhor companhia para si mesma, e perceber quais foram os reais motivos de seus pais a terem abandonado.

Ferida emocional da rejeição

Você vai concordar comigo que uma das maiores dores que alguém pode sentir é a rejeição.

Aliás, a rejeição é uma ferida profunda, que é formada quando a criança não foi ou não se sentiu suficientemente amada e acolhida pelos seus pais.

Então, já que não teve o amor das pessoas mais importantes da sua vida, que tinham o papel de cuidar dela e de amá-la, ela cresce com o sentimento de que não é merecedora do amor de ninguém.

Gravidez não planejada, tentativas de aborto, maus-tratos na infância, depressão materna, pai ausente, irmãos mais velhos e comparações excessivas estão entre os exemplos de situações interpretadas como rejeição por um bebê ou criança.

Do mesmo modo, situações de bullying na escola também são entendidas como rejeição pelas crianças, pois, a partir da depreciação da própria imagem, internalizam em si uma autoimagem de que não são merecedoras de afeto e de que não possuem atributos suficientes para serem aceitas pela sociedade.

A maioria dos programas emocionais desenvolvidos pelo ser humano é para se proteger do medo da rejeição. Confira alguns exemplos:

  • A mulher rejeita para não ser rejeitada;
  • Isolamento, timidez excessiva, medo de falar em público;
  • Perfeccionismo e excesso de autocobrança;
  • Insegurança, falta de amor-próprio e falta de autoconfiança; e muitos outros comportamentos disfuncionais de proteção.

Quem sofreu rejeição precisa acolher e cuidar de sua criança, dando a si mesmo o que sempre esperou das pessoas. Portanto, deve correr o risco e tomar as próprias decisões, importando-se cada vez menos com a opinião das pessoas.

Ferida emocional da humilhação

Descubra mais sobre as feridas emocionais e suas consequências
Crédito: banco de imagens do Canva

Essa ferida é gerada no momento em que sentimos que os outros, especialmente nossos pais, nos desaprovam e criticam. É uma ferida praticamente inevitável de ser vivida, já que as críticas, infelizmente, fazem parte da educação.

Mas alguns pais batem, brigam ou chamam a atenção dos filhos em público, comparam e inferiorizam os filhos constantemente, fazendo com que eles se sintam expostos e humilhados na frente de todos. Para curar sua dor, desenvolvem programas emocionais que lhe protegerão da crítica e humilhação como, por exemplo:

  • Tornam-se pessoas críticas e exigentes com tudo e todos (a melhor defesa para essa pessoa torna-se o ataque);
  • São pessimistas e vivem reclamando;
  • Cobram perfeição de si mesmas para não serem criticadas, além de vários outros comportamentos disfuncionais.

Dessa forma, a pessoa que sofreu esse tipo de experiência precisa trabalhar a autoaceitação, aprovação, e a capacidade de lidar com erros, percebendo que não precisa repetir os mesmos erros de seus pais.

Ferida emocional da traição

Essa situação ocorre quando a criança se sentiu traída uma ou mais vezes por um de seus pais, principalmente quando eles não cumpriam suas promessas, ou então quando ocorre traição no casamento dos pais, e a criança sente como se também tivesse sido traída por um dos pais.

Então, quem não recebe o prometido, acaba não se sentindo digno de ter nada. Esse tipo de ferida gera um grande medo de traição, desenvolvendo comportamentos como:

  • Medo de traição, ficando ciumenta ou evitando relacionamentos;
  • Falta de confiança nas pessoas e no mundo, tornando-se controladora e querendo tudo sob seu comando;
  • E muitos outros comportamentos disfuncionais.

A mulher que sofre da ferida emocional da traição precisa aprender a perdoar quem causou essa sensação e voltar a confiar em si mesma, sem medo de se machucar. Além disso, precisa aprender a pedir ajuda e ser menos centralizadora.

Ferida emocional da injustiça‌ ‌

Por fim, a ‌injustiça‌ ‌surge‌ ‌a‌ ‌partir‌ ‌de‌ ‌um‌ ‌ambiente‌ ‌onde‌ ‌os‌ ‌cuidadores‌ ‌são‌ ‌frios‌ ‌e‌ autoritários.‌ ‌Normalmente,‌ ‌está relacionado‌ ‌por‌ ‌meio‌ ‌do‌ ‌poder,‌ ‌e‌ ‌não‌ ‌do‌ ‌amor.‌ ‌A‌ ‌educação‌ ‌é‌ ‌rígida‌ ‌e‌ ‌as‌ ‌crianças,‌ ‌injustamente‌ ‌acusadas‌ ‌e‌ ‌punidas‌ ‌por‌ ‌coisas‌ ‌que‌ ‌não‌ ‌fizeram‌. ‌

Essa ‌ferida‌ ‌gera‌ na mulher ‌uma‌ ‌grande‌ ‌necessidade‌ ‌de‌ ‌vingança‌ ‌ou‌ ‌de‌ ‌ser‌ ‌justa, por meio de comportamentos como:

  • Sentimento‌ ‌de‌ ‌impotência‌ ‌e‌ ‌inutilidade;
  • A‌ ‌mulher ‌torna-se‌ ‌injusta‌ ‌com‌ ‌os‌ ‌outros‌;
  • Não‌ ‌sabe‌ ‌lidar‌ ‌com‌ ‌injustiça‌ ‌e‌ ‌se‌ ‌torna‌ ‌inflexível;
  • A‌ ‌mulher ‌busca‌ ‌ser‌ ‌muito‌ ‌importante‌ ‌e‌ ‌quer‌ ‌adquirir‌ ‌grande‌ ‌poder‌ ‌para‌ não‌ ‌ser‌ ‌mais‌ ‌punida‌ ‌por‌ ninguém.

Neste‌ ‌caso,‌ ‌a mulher que sofre da ferida emocional da injustiça precisa trabalhar‌ ‌a‌ ‌confiança‌ ‌e‌ ‌a‌ ‌rigidez‌ ‌mental,‌ ‌gerar‌ ‌flexibilidade‌ ‌e‌ ‌permitir-se‌ ‌confiar‌ ‌nos‌ ‌outros.‌ ‌

É hora de olhar para dentro

Como já revelei no começo do texto, essas feridas são moldadas nos primeiros anos de vida.

Por isso, costumo dizer que toda dor emocional na fase adulta é um convite para olhar para a ferida que carregamos. Com isso, entramos em um ciclo doentio de repetição até despertar uma nova consciência com o desejo de sair desse lugar e muitas vezes esse momento chega através de muita dor e sofrimento.

O melhor caminho para se tornar livre desses padrões limitantes é cicatrizar a ferida emocional existente, através da ressignificação da experiência conflitante. E claro que trata-se de um processo que deve ter acompanhamento de uma terapeuta especialista.

Eu sei que esse é um assunto profundo e que pode te tocar. Então, se você gostou do conteúdo, envie para outra mulher que possa aproveitar tudo o que falei aqui.

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